13 de abril de 2011

Aluno do 9º ano A cria o melhor texto de Ficção Científica

A ERA FINAL

Era dia de ação de graças. Poderia ser um feriado comum como os demais ou apenas mais um dia simples e calmo como os outros. Mas era um dia de ação de graças comemorado por poucos. Uma colônia no alto de uma colina cercada por uma enorme cerca viva abrigavam os últimos habitantes do planeta, os últimos seres humanos.
Já que todos haviam sido exterminados por criaturas robóticas vivas, que emitiam radiação em alta quantidade e frequência, a colônia era cercada por sensores de radiação que emitiam um alarme muito barulhento. Já fazia muito tempo que o alarme não disparava, uns cinco meses para ser mais exato. Sendo assim, a maioria de nós já estávamos bastante seguros para comemorar e festejar ao ar livre.
Pouco a pouco, as pessoas iam chegando ao grande salão, com seus belos e deliciosos pratos de comidas e doces. Estávamos todos à mesa, fizemos nossa oração e começamos a comer.
Passadas algumas horas, as mulheres estavam lavando a louça em tanques enormes e os homens estavam conversando, alguns jogavam poker.
Eu estava conversando com meu amigo, nisso já eram quase duas horas da tarde, quando sentimos um tremor leve e bem distante. Todos paramos e ficamos em silêncio, foi tão profundo que dava até para escutar uma mosca batendo suas minúsculas asas naquele imenso salão. O tremor foi aumentando e junto com ele nosso medo, até que ele parou. Nisso ficamos todos na expectativa, seria o nosso fim? Passaram-se cinco minutos e nada, o silêncio continuava, até que BLRHBRHLBRLH, o alerta de radiação disparou e da janela onde estava, gritei:
-Eles voltaram!!!! Acabei de dizer isso e foi um tumulto só. Pessoas correndo e sendo exterminadas sem dó, crianças e bebês morrendo, pedras radioativas
sendo arremessadas e contaminando a todos. Me tranquei no banheiro, lá fiquei por horas, até que o silêncio reinou novamente. Olhei no espelho, meus olhos estavam vermelhos, estava vomitando e suando frio, era o efeito da radiação. Abri a porta devagar e o que vi era igual a uma cena de gerra depois de um bombardeio. Todos estavam mortos e dilacerados. Sai do salão e o maldito ainda estava lá, como se soubesse que eu estava vivo. Me senti muito vulnerável sendo o último ser humano no planeta, o último ser consciente. A entidade monstruosa começou a atirar laser em mim, por sorte consegui me livrar. Corri para um buraco causado pelo ataque e ali fiquei por dois longos e difíceis dias sem pregar os olhos, até que as coisas foram em bora e pude sair. Peguei um livro em branco e escrevi sobre aquele dia na esperança de estar enganado e alguém encontrar esse livro, conhecendo a nossa história, que um dia a raça humana existiu.
Corri para a cerca viva e gritei bem alto:
-PORQUE?
A criatura voltou-se para mim e disparou um tiro: BRLHRLBRHLH. Aquele som incessante, e ao mesmo tempo uma voz doce vindo me chamar. Era minha mãe me chamando para ir à escola:
-Nossa! Tive um pesadelo daqueles! Da próxima vez, não assistirei mais filmes de terror antes de dormir.
    João Diogo Rodrigues Magro, 9° ano A.
    Profª Gislene Granetto (Lingua portuguesa) & João Diogo Rodrigues Magro

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